Sugestão de Leitura 

Nelson Mandela: conversas que tive comigo

By Guilherme Saldanha Santana

 

 

de NELSON MANDELA
Editora Rocco
 
O livro apresenta uma perspectiva diferente sobre o cotidiano de Nelson Mandela, desde de sua luta contra o apartheid até a presidência da África do Sul. Dividido em quatro partes (Pastoral, Drama, Épico, Tragicomédia) os capítulos destacam companheiros, evolução do posicionamento político, viagens, família, caráter, prisão e ainda informações adicionais que contribuem para a perfeita compreensão da obra, como a Cronologia e os Mapas.
O prefácio de Barack Obama já demonstra a grandiosidade da obra e sua importância para a política mundial. A obra apresenta um líder com medos e defeitos, mas responsável por todas suas decisões, assumindo todas as consequências que possam refletir.
Os diários, calendários, cartas, a biografia produzida em segredo, permitem a percepção das emoções de Mandela, a construção da história a partir da seleção brilhante de documentos que refletem alguns dos momentos mais importantes da vida do líder da África do Sul, e demonstram o lado mais humano de Mandela.
 
Opinião do Leitor:
Brilhante. Desde do prefácio até a última página provoca um incansável desejo de ler, página após página, é possível compreender o pequeno espaço da cela da prisão, sentir as visitas vigiadas de forma constrangedoras, a emoção do Mandela nas cartas, a dor pela perda de uma mãe, a dor pela perda de um filho.
Entre as várias frases, pensamentos, sentimentos expressos no livro o final de uma carta a Winnie Mandela em 1975 desperta uma grande reflexão pela frase “Nunca se esqueça de que os santos são pecadores que continuam tentando”. A cada página percebemos que Mandela não desistiu em momento algum de seu ideal.
Conhecido pelas fortes palavras e discursos, capaz de inflamar multidões, Mandela tem como principal característica ser um grande ouvinte, percebe a necessidade dos outros procura atingir um denominador comum entre as discussões dos grupos, enxerga todas as pessoas como boas, o que podemos perceber por uma conversa com Richard Stengel: “é bom presumir que os outros sejam pessoas íntegras e honradas porque você tende a atrair integridade e honra se olhar dessa forma para as pessoas com que trabalha”.
O livro mostra um Mandela um pouco menos heroico, e muito mais humano, não um ser humano melhor, mas um bom ser humano, que cumpre com suas obrigações com o próximo, independente de raça, religião, sexualidade, capital, nacionalidade.

 

Maus: A Survivor's Tale é um romance gráfico produzido pelo estadunidense Art Spiegelman que narra a luta de seu pai, um judeu polonês, para sobreviver ao Holocausto. O livro também fala do relacionamento complicado do autor com seu pai e de como os efeitos da guerra repercutiram através das gerações de sua família. Em 1992 Spiegelman foi agraciado com um "Prêmio Especial Pulitzer": tal categoria foi proposta pois o comitê de premiação não se decidiu se categorizava Maus como uma obra de ficção ou biografia.
Spiegelman retrata diferentes grupos étnicos através de várias espécies de animais: Os judeus são os ratos (em alemão: maus), os alemães, gatos, os franceses, sapos, os poloneses, porcos, os americanos, cachorros, os suecos, renas, os ciganos, traças e os ingleses, peixes. O uso de antropomorfismo, uma técnica familiar em desenhos animados e em tiras de quadrinhos, foi uma tirada irônica em relação às imagens propagandistas do nazismo, que mostravam os judeus como ratos e os poloneses como porcos. A publicação na Polônia teve de ser adiada devido a este elemento artístico.
Grande parte do livro foi publicado em série na revista RAW, editada por Spiegelman. Foi então publicado em duas partes, antes de finalmente ser integrado em um só volume. Um CD-ROM com a história também existe, embora tenha saído de circulação.
O livro trata do anti-semitismo. O termo usado pela primeira vez por Wilhelm Marr, designa uma aversão irracional, um ódio gratuito e sem a menor razão pelo povo judeu. Se pararmos para analisar a origem semnantica da palavra, o termo está incorreto pois semitas não são somente os judeus, mas também os árabes. Esse ódio pelos judeus vem de longa data. Os gregos, romanos e babilônios queriam proibir as crenças religiosas do judeu. A Igreja Católica perseguiu os judeus na época das cruzadas. Já no século XX foi a vez da Alemanha nazista perseguir os judeus - exterminando milhões deles.

 

O livro é construído por meio de uma narrativa envolvente que conta as peripécias de D. Pedro I e da família imperial que se instalou no Brasil, em 1808. Setúbal acompanha as aventuras do jovem príncipe, do adolescente impetuoso, do imperador afoito e do pai resoluto que vai a Portugal guerrear contra o próprio irmão, D. Miguel, para garantir o trono de rainha para a filha, Maria, de apenas 15 anos. O humor de Paulo Setúbal tem a ver com os episódios engraçados que aconteciam na corte, realmente muito conturbada. Europeus que buscavam adaptação no Brasil envolviam-se a valer em episódios calientes e confusos.

Este livro tem alguns episódios hilários, além, é claro, de contar sobre o amor não correspondido da Imperatriz Leopoldina, a envolvente paixão pela Marquesa de Santos, o apego pela segunda Imperatriz Amélia de Leutchemberg, as intrigas com José Bonifácio e a amizade com o Chalaça. Na época em que publicou a obra, Setúbal falou da veracidade do texto, ou seja, nada escrito por ele foi inventado. O livro, embora narrado em forma de ficção, com a saborosa linguagem da época, é todo baseado em pesquisa histórica rigorosa. Foram muitas as fontes para que o material não perdesse a originalidade e não fosse considerado livro de ficção.

?As Maluquices do Imperador? foi publicado pela primeira vez em 1927. Referência quando o tema é história do Brasil, o conteúdo é mais que recomendado ? é livro pra ler, reler e somar conhecimento, além de o leitor dar boas risadas com a forma divertida como o texto é conduzido. E também para se surpreender com episódios ainda pouco conhecidos de nossa história.

 

  • Editora: Geração
  • Autor: PAULO SETUBAL
  • ISBN: 9788561501068
  • Origem: Nacional
  • Ano: 2008
  • Edição: 1
  • Número de páginas: 248